Fala dura e recheada de frases de efeito com indiretas a quem o critica pela mudança de lado, ocorreu após questionamentos da oposição sobre cessão de espaços municipais à Fundação Nilo Coelho, proposta que foi aprovada na sessão de terça, 29, da Câmara de Vereadores.
Por Cinara Marques, redação Portal Tribuna Nordeste
NOTÍCIAS DO PARLAMENTO – O vereador Gabriel Menezes, PSD, que se elegeu em 2024 como um dos vereadores do campo de oposição na cidade, mas que aderiu ao governo do prefeito Simão Durando cerca de dois meses depois de assumir seu mandato, prova a cada sessão que quando abraça e defende um lado na política, faz jus a essa mudança e a defende com ‘unhas e dentes’.
Prova disso foi o discurso do ‘vereador vaqueiro’ na sessão plenária da última terça, 29, em defesa a um projeto do poder executivo que cede dois espaços pertencentes à Prefeitura para a Fundação Nilo Coelho, ato criticado pelos vereadores de oposição que foi tachada por Gabriel de “comportamento mesquinho”.
Os espaços conforme o texto aprovado, servirão para que a Fundação hoje presidida pelo ex-prefeito Miguel Coelho, ocupe as estruturas e implante projetos sociais que administra, a exemplo de uma Escola de Música. Líder da oposição, o vereador Gilmar Santos, PT, questionou ‘”por que tudo para a Fundação Nilo Coelho, será que outras entidades não teriam o mesmo direito?”.
A pergunta e crítica de Gilmar se deu, mesmo votando favorável, porque ao longo dos anos a Fundação Nilo Coelho vem sendo beneficiada com diversas ações semelhantes como a do PL em questão, pelas gestões da ‘Família Coelho’ no terceiro município em população de Pernambuco.
Mas, Gabriel Menezes minimizou esse questionamento de Gilmar e em tom mais ríspido, diante de críticas que a oposição tem feito pela sua adaptação tão rápida à bandada do governo na Casa, disse ao defender o projeto que os que criticam é porque já estiveram no governo e “não podem mais voltar, porque ninguém quer mais”. Usando algumas frases de efeito, Gabriel deixou bem claro sua nova forma de atuação no legislativo petrolinense.
“Eu estou aqui mais tranquilo que água de barreiro. Miguel, Simão, o grupo, eu quero é escrever meu nome nas páginas do trabalho, porque Petrolina pulsa trabalho, e é infinitamente superior a essa política mesquinha que infelizmente já me contaminou, mas graças a Deus, eu me libertei”, disparou Gabriel Menezes.